Metro do Porto prevê agora que a Linha Rosa entre em funcionamento no primeiro trimestre de 2026
O último túnel que vai ligar a estação de metro da Praça da Galiza à Casa da Música ficou completo esta terça-feira (5). Tiago Braga, atual presidente do Conselho de Administração da Metro do Porto, prevê que o início da “operação comercial” da nova linha aconteça nos primeiros três meses do próximo ano. A obra começou em 2021 e a sua conclusão estava prevista para 2024.
Túnel que vai ligar a estação da Praça da Galiza à nova estação de metro da Casa da Música. Foto: Maria Saraiva Brandão
A escavação do túnel que vai fazer a ligação da Praça da Galiza à nova estação de metro da Casa da Música foi finalizada esta terça-feira (5).
Ainda assim, a conclusão da obra da Linha Rosa está atrasada face às previsões, já apontadas para o final de 2024 e mais recentemente para o verão deste ano. Agora, Tiago Braga, presidente do Conselho de Administração da Metro do Porto, crê que “no primeiro semestre de 2026 teremos condições para avançar com a operação comercial na Linha Rosa”, referiu aos jornalistas no contexto de uma visita de imprensa ao estaleiro da obra.
Tiago Braga defende que “é importante salientar, mais do que o eventual atraso, aquilo que já conseguimos fazer até agora”, afirmando que gosta sempre de ver “o copo meio cheio”. O responsável diz que este é “um dia muito importante” pelo qual “todos ansiavam há muito tempo”. Aos jornalistas, o ainda administrador da Metro explicou que foi definido com o empreiteiro que “após este momento” seriam “cerca de 6 meses para concluir a obra”, e que “a partir de agora, a obra é mais controlável, com menos riscos do ponto de vista do que são os impactos sobre o processo construtivo”.
Sobre o desvio face aos prazos previstos inicialmente, Tiago Braga afirma que “as características geológicas e a geotecnia” da cidade do Porto e “o comportamento do terreno” fez surgir a necessidade de “ajustar o processo”. O responsável sublinhou que “não há ninguém tão interessado em acabar a obra mais rapidamente que o próprio Conselho de Administração da Metro do Porto”.
A secretária de Estado da Mobilidade, Cristina Pinto Dias (à esquerda), esteve a assistir ao varamento do último túnel da Linha Rosa, acompanhada por Tiago Braga (centro), atual presidente da Metro do Porto, e elementos do Conselho de Administração. Foto: Maria Saraiva Brandão
Cristina Pinto Dias, secretária de Estado da Mobilidade, esteve presente para assistir ao varamento do túnel. “Estamos a fazer acontecer. Está a acontecer obra. Estamos a trabalhar para as pessoas. Estamos a trabalhar numa lógica de trazer mais pessoas para o transporte coletivo”, afirmou.
A secretária de Estado destacou a importância do transporte coletivo para os objetivos do país. “Até 2030, 29% da energia usada nos transportes tem de ser energia renovável, por um lado, e temos as metas de carbono também para dar cumprimento, às quais, se não cumprirmos, vamos ser penalizados”, explicou.
Sobre a substituição da atual administração da Metro do Porto, e a escolha de Emídio Gomes, pelo Governo, como novo presidente, Cristina Pinto Dias considera que “é a lei da vida” e que “é natural haver substituições”. Tiago Braga, cujo mandato terminou em dezembro de 2024, continua a exercer funções até à entrada da nova administração. A secretária de Estado assegura aos jornalistas que os “processos de passagem de cargo” estão a “decorrer com normalidade”, mas que “não há uma data prevista para entrada de funções” do novo presidente do Conselho de Administração.
A Linha Rosa vai ligar São Bento à Casa da Música, com passagem pelo Hospital de Santo António e pela Praça da Galiza, numa viagem inteiramente subterrânea de cerca de 15 minutos. A obra, que começou em 2021, terá um custo a rondar os 304 milhões de euros.